segunda-feira, março 4

Orixás: conhecendo Obá e seus filhos

Obá ou Ossá, Orixá africano do Rio Obá ou rio Níger, foi a primeira esposa de Xangô. Guerreira, veste vermelho e branco, usa escudo, Arco e flecha (o Ofá). Obasy é a senhora da sociedade lesse-orixa. Obá representa as águas revoltas dos rios. As pororocas, as águas fortes, o lugar das quedas são considerados domínios de Obá. Ela também controla o barro, aguá parada, lama, lodo e as enchentes. Trabalha junto com Nanã. Representa também o aspecto masculino das mulheres (fisicamente) e a transformação dos alimentos de crus em cozidos.É também a dona da roda. Orixá, embora feminina, energética, temida, e forte, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos, vencendo na luta Oxalá, Oyá (Iansã), Oxumarê, Exú e Orumilá. LENDA DE OBÁ ..... Obá foi a primeira mulher de Xangô. Ao contrário do que muitos pensam, a lenda de que Obá cortou a orelha por causa da mentira de Oxum está incorreto, na verdade, Obá apenas cortou sua orelha para provar seu amor a Xangô. Quando manifestada, cobre a orelha com a mão. Seus símbolos são espada, escudo, ofá e erukere. Segundo suas lendas, Obá lutou contra inúmeros Orixás, derrotando vários deles. Obá teria derrotado Exú, Oxumarê, Omolú e Orunmilá, e tornou-se temida por todos os deuses, tendo sido derrotada apenas por Ogun e tornando assim sua esposa e ao lado de Ogun quando este foi enfrentar Xangô em batalha ela se encantou por Xangô e abandonou a luta ao lado de Ogun e se entregou a Xangô como mulher vivendo uma grande paixão. Obá nunca havia visto alguém como Xangô, ela via nele tudo o que sonhava para si. Existem algumas versões do grande encontro de Xangô e de Obá, em uma dessas versões ela é a líder de todas as mulheres e a rainha de Elekô, mas em todas, as evidências dizem que o amor entre os dois era desmedido e que nada ofuscava a relação dos dois, da união dos dois nasceu Opará, Orixá confundida com Oxum. Xangô e Obá A união de Xangô e Obá é uma lenda na tribo eleko. Uma sociedade restrita, onde apenas mulheres realizam o culto. Possui como matriarca a temida Obá, a fundadora desta sociedade que cultua a ancestralidade feminina individual. Nem um homem poderia sequer assistir o ritual do segredo, sendo punido por Obá com sua própria vida. Certo dia, em uma das noites de culto, Xangô caminhava alegremente e dançava ao som do batá. Quando percebe, ao longe um aglomerado de mulheres, realizando uma cerimônia sob as ordens da enérgica Obá. Xangô era muito curioso e não se conteve aproximando-se da cena, ficando a espreita. Xangô encantou-se com a rara beleza de Obá, que apesar de não ser tão jovem era a mais bela mulher que ele já vira. No momento de distração, Xangô foi percebido e cercado pelas mulheres, foi levado a presença da grande deusa, que lhe falou o preço que haveria de pagar por sua audácia em violar o culto sagrado de Elekó. Mas a própria Obá que encantou-se com a beleza de Xangõ se apaixonando instatâneamente, relutou em aplicar a sentença de morte e usou de sua supremacia no culto para ditar nova regras, dando nova chance a Xangô: "Todo homem, que violar o culto, se for do agrado, da senhora do culto, deverá unir-se a ela como marido ou aceitar a pena de morte" Xangô não pensou duas vezes, seria poupado da sentença e ainda sim possuiria a grande deusa por quem havia se apaixonado. A cerimônia de união de Xangô e Obá foi realizada dentro dos limites de Elekó. Foi o inicio de uma grande paixão, nunca se viu tanto amor. A deusa guerreira e justiceira que pune os homens que maltratam as mulheres, descobriu um sentimento novo por um homem além do ódio. Descobriu todo o amor que um homem pode dar. A grande rainha de Elekó, a rainha de Xangô aprendeu a amar e ser amada. Nasce, dessa grande paixão, uma criança, uma menina, nasce Opará, nasce a mais bela, justiceira e feroz guerreira. Herdou o melhor do pai e da mãe e prosseguiu com o culto. Embora, em suas lendas, Obá tenha se transformado em um rio ela também é relacionada ao fogo e é considerada por muitos como o Xangô fêmea. Obá é saudada como o Orixá do ciúme, mas não se pode esquecer que o ciúme é o tempero do amor, portanto, Obá é a deusa do Amor e da Paixão incontrolável, e Sucesso Profissional com todos os dissabores e sofrimentos que o sentimento pode acarretar. Obá tem ciúme porque ama. Obá é a deusa da guerra e do poder, seu culto está relacionado ao rio Obá, as águas em seu culto faz referência ao poder, a força incontrolável das águas. Seu culto no Brasil é confundido ao de Oyá, alguns chegam a insinuar que elas sejam irmãs, o que não consta na verdade. Por existir esta confusão, alguns acreditam que Oyá além de ser uma divindade da água e relacionada ao vento, teria ligação com o fogo, mas Oyá não possui ligação com o fogo, Obá sim..... Obá quando em fúria transborda, agita-se; Oba é a senhora da sociedade Elekô. Tudo relacionado a Obá é envolto em um clima de mistérios.Obá nasceu do ventre rasgado de Iemanjá após o incesto de Orugan. Obá era cultuada como a grande deusa protetora do poder feminino. Ela assim como Xangô é a representante suprema da ancestralidade feminina. Obá na Umbanda tem seu culto difundido principalmente entre os seguidores da religião. Na nossa crença, ela é um orixá ligado ao Trono Feminino do Conhecimento, representa "A absorção do conhecimento em desequilíbrio para a sua posterior recondução ao equilíbrio do ser". Assim, acaba por punir quem faz mau uso dos conhecimentos, dado que são qualidades divinas. Obá ajuda a superação a confusão mental. Possui como elemento a terra úmida e fértil que sustenta os vegetais, daí sua ligação com Oxóssi, orixá com o qual chega a formar um par terra-vegetal. Tem por cor o verde com marrom. A pedra associada à Obá é a madeira petrificada (fossilizada). No sincretismo é associada à Santa Joana d'Arc. Lembrada dia 30 de Maio na Igreja Católica. Saudação: Obà Siré! Seu dia é a Quarta-feira. CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OBÁ São bons companheiros e amigos fiéis, são ciumentos e possessivos no amor, por isso não têm muita sorte no amor. Quando apaixonados, nunca são senhores da relação, cedem em tudo, abdicam de todas as suas convicções. Os filhos de Obá não tem muito jeito para se comunicar com as pessoas, chegam a ser duros de tão sinceros. Têm dificuldade em ser gentis e estabelecer um canal de comunicação afetiva com os outros; às vezes são brutos e rudes afastando as pessoas. Isso deve-se ao fato de os filhos de Obá, na maioria das vezes, sofrerem um certo complexo de inferioridade achando que as pessoas que se aproximam querem tirar proveito de alguma coisa. De fato, isso tende a acontecer com os filhos de Obá. A sua sinceridade chega a ferir; expressam as suas opiniões, fazem críticas e acabam por magoar as pessoas, pois não se preocupam em ser agradáveis. Mas essa agressividade é puramente defensiva. Algumas vezes infelizes no amor, investem todas as suas cartas nas suas carreiras e, de entre as mulheres que se destacam profissionalmente numa sociedade machista, podem-se encontrar muitas filhas de Obá excelentes juizas, advogadas, comandando quartéis, etc. Muitas vezes despertam a inveja dos seus inimigos e podem sofrer algumas emboscadas, por isso devem vencer a tendência que possuem para a ingenuidade. Amalá: Canjica Amarela cozida, feijão miúdo cozido, misturados com salsa picadas. Se oferecem também rosas, espelhos, pipoca, balas de goma. Se despacha numa encruzilhada aberta ou no mato.

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