quinta-feira, fevereiro 14

Orixás: conhecendo Xangô e seus filhos

Xangô, Shango ou Sango, é Orixá, de origem Yorubá. Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba xango. Yemanjá é a sua mãe e três orixás foram suas esposas: Oyá (Iansã), Oxum e Obá. Shango é o orixá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Algo atingido por um raio é vitima da fúria de xangô. Xangô é o Orixá do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorum (Deus, em Yorubá).        O Sacerdote de Sango chama-se Magba e a sua Sacerdotisa,Iya Magbá. Ao se manifestar nos Candomblés, ou seja, ao incorporar no médium não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com tom vermelho, que representam as vestes dos Eguns . O órixá agrada-se ao som de um Alujá e ao sabor do fruto Orogbo. Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado o Orixá Representado pelo fogo, o Sol, os Raios, as Tempestades e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. Xangô é o Orixá do Poder, ele é a representação máxima caráter de Olorun: A justiça divina. Enquanto Oxossi é considerado o Rei da nação de ketu, Xangô é considerado o rei de todo o povo yorubá. Orixá do fogo, dos raios e das tempestades, Xangô foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun, muitos Orixás possuem relação com os Egunguns mas, ele é o único Orixá que, verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun. Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único Orixá que exerce poder sobre os mortos. Xangô está ligado a morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. E somente ele tem o poder de controlá-los, como diz o seguinte trecho: Sua lenda: "Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Xangô a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun, vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas Xangô não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e juraram vingança, em um certo momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram, derrubaram a Adubaiyani filha de Xangô que ele mais adorava. Xangô ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito próspero, foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia matado sua filha, Xangô quis saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos, assim Xangô fez, seguindo a risca os preceitos de Orunmilá. Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios de Egungun (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de Olorun. Xangô , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais." Resumindo : XA significa Senhor e Dirigente. ANGÔ: AG + NO = Fogo Oculto. GÔ: Raio, Alma. Portanto, XANGÔ, equivale a SENHOR DO FOGO OCULTO. Xangô era forte, valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado. Comportou-se em algumas vezes como tirano, chegando até a destronar seu próprio irmão, seu grande sonho. Filho de Yamasse (Torosi) e de Oraniã, foi o regente mais poderoso do povo yorubá. Ele também tem uma ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo daí os objetos que ele mais aprecia, o pilão e a gamela; o pilão de Xangô deve ter duas bocas, que representam a livre passagem entre os mundos, sendo Xangô um ancestral (Egungun). Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feitiçaria, que somente eram usados quando necessário. Tem também uma forte ligação com Oxumaré, considerado por ele como seu fiel escudeiro. Xangô é cultuado no Brasil, sobre qualidades e títulos diferentes: Obá Kosso: Título que Xangô recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oió, tornando-se seu Rei. Título dado também a Aganju, irmão gêmeo de Xangô quando de sua chegada em Oió foi aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô Sô. Obá Lubê: Título de Xangô que faz referência a todo o seu Poder e Riqueza, pode ser traduzido como Senhor Abastado. Obá Irù ou Barù: Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se suicida , adentrando na terra. Aganju representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões. Orungan é dono da Atmosfera é o ar que respiramos, dono da camada que protege a Terra. . O termo Ogodô é muito falado também, é apenas o que se diz sobre Xangô, pois, Ogodô significa bocejar. Então, quando se esculta um Trovão, o que se diz é que Xangô está bocejando. Dai Xangô Ogodô, é apenas um título de Xangô. O Jakutá é a representação da Justiça e da ira de Olorun, míticamente Xangô foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as divindades. É o próprio Xangô. Oroinã e Oraniã personificação do Fogo, o magma do centro da terra é o pai de Xangô e de Aganju em sua forma humana. Olookê personfica as Montanhas, em algumas lendas é um dos filho de Oraniã, foi casado com Yemanjá. Kawó-Kabiesilé! é a Saudação de Xangô que significa “Venham ver o Rei Descer Sobre a Terra!” < b>Cores: Vermelho e Branco ou Vermelho,o que pode variar segundo a linha religiosa. Dia da Semana: Quarta-Feira. Elementos: Fogo, Vulcões, Tempestades, Sol, Trovões, Terremotos, Raios, criador do Culto de Egungun, senhor dos mortos, desertos e formações rochosas; Os livros representam Xangô porque este orixá está ligado as questões da razão, do conhecimento e do intelecto. Assim como a Justiça e o Direito. Ferramenta: Oxê, machado duplo de dois cortes laterais feito e esculpido em madeira ou metal; Pedra: Meteorito. Ele domina a Justiça, o Poder Estatal, as Questões Jurídicas, as Pedreiras e a magia. As oferendas a Changó incluem amalá, feito a base de farinha de milho, leite e quimbombó (quiabo), bananas verdes, banana indio, otí (água ardente), vinho tinto, milho tostado, cevada, alpiste, etc. Dança: Alujá, "a roda de Xangô". São vários toques que falam de suas conquistas, seus feitos, suas mulheres e seu poder e domínio como Orixá. Animais associados a Xangô: Tartaruga, Falcão, Águia, Carneiro e Leão. Changó (em português, Xangô) é uma das deidades da religião yorubá. São Jerônimo, São Pedro, São João Batista. São Jerônomo São Pedro CARACTERÍSTICAS DO FILHOS DE XANGÔ: Xangô exerce grande influência em seus filhos, principalmente a Justiça. Todos os Orixás, evidentemente, são justos, e transmitem este sentimento aos seus filhos, entretanto com os filhos de Xangô a Justiça deixa de ser a maior virtude, o que faz de seus filhos um sofredor, principalmente porque o viver na linha da Justiça é muito dificil e exige, parcialidade e frieza. Suas fisionomias, mesmo a jovem, apresentam uma velhice precoce, sem lhes tirar, por completo, a beleza ou a alegria. Têm comportamento medido. São incapazes de dar um passo maior que a perna e todas as suas atitudes e resoluções baseiam-se na segurança e chão firme que gostam de pisar. São tímidos no contato com o semelhante, mas assumem facilmente o poder do mando. São conselheiros, e não gostam de ser contrariados, podendo facilmente sair da serenidade para a violência, mas tudo medido, calculado e esquematizado. Acalmam-se com a mesma facilidade quando sua opinião é aceita. Não guardam rancor. Vestem-se com discrição usando modelos tradicional. Quando os filhos de Xangô conseguem equilibrar o seu senso de Justiça, tornam-se pessoas admiráveis e gentis. O medo de cometer injustiças muitas vezes adia suas decisões, o que, ao contrário de lhes prejudicar, só lhe traz benefícios. O grande defeito dos filhos de Xangô é julgar os outros. Se aprender a dominar esta característica, torna-se um legítimo representante do Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira. Por falar em pedreira, adora colecionar pedras. O Amalá dos filhos de Xangô para a divindade são 7 velas marrons e 7 velas brancas, cerveja preta (mesmo [principio já explicado para Ogum e Oxóssi), camarão, quiabo, fitas marrom escuro e branca. Entregando na pedreira ou sobre uma pedra grande e bonita. Suas ervãs são: Folhas de Limoeiro, Erva Moura, Erva Lírio, Folhas de Café, Folhas de Mangueira e Erva de Xangô.

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